Postagens

Igor Matias — Toré, Som Sagrado

Imagem
O projeto fotográfico visa retratar elementos que remetam ao toré ritualístico que compõe o ritual do Ouricuri, dos índios Kariri-Xocó, localizados na cidade alagoana de Porto Real do Colégio. Composto por um conjunto de danças e cantos que são realizados como prática religiosa e secreta, onde somente os índios têm acesso, ele acaba sendo (assim como o próprio ritual do Ouricuri) um importante mecanismo de resistência cultural e identitária. Utilizando elementos da fotografia contemporânea, o ensaio busca, através da técnica da longa exposição, explorar elementos subjetivos que estão associados a dança e ao canto, proporcionando ao observador uma experiência imersiva e evitando assim abordagens colonizadoras que durante muito tempo permearam o universo da fotografia e exorcizaram a figura do índio. É importante ressaltar que, a proposta não foi documentar o ritual, mas trazer elementos que o remetam. Com isso, as imagens buscam uma certa “confusão” em quem as observa, fazendo com q

Povo Opará

Imagem
Rua dos Caboclos, 1970. Nhenety, nome indígena de José Nunes de Oliveira, em seus cordéis, resumo a história indígena do Baixo São Francisco e a sua vinculação histórica ao surgimento da fazenda Urubumirim que, posteriormente, tornou-se a cidade de Porto Real do Colégio. Os cordeis foram divididos em 8 partes e cada uma delas contam momentos específicos e culturais. Vale a leitura! Autor: Nhenety Parte 1 As origens de um povo Tem raízes genealógica Estar no começo do tempo Desde a idade pré-histórica Mas vamos adiantar o ritmo, para não ficar metafórica. Antes da chegada dos portugueses, já existia povos nativos No movimento das migrações Tinham grandes motivos Na lutas pela mata atlântica, se tornaram combativos. Os Kariri-Xocó de muita história Povo pluriétnico por excelência Formado por nações indígenas, tribos valentes na resistência. Aldeados pela civilização uma fusão para a sobrevivência. Segundo Aryon Rodrigues O Macro-jê é tronco antig

DE REPENTE...

Imagem
Yolanda Dantas de Oliveira*   De repente o mundo parou! Mas, dele não foi possível descer Como um dia pediu o poeta. E, nem foi pela fumaça a engolir, Nem por ter de pagar pra nascer, Pra viver, pra morrer, pra existir.   De repente o mundo parou E a vida recuou! E não foi por força de exércitos, bombas e canhões! A vida parou de forma alheia à vontade de todos! Mergulhamos em um mar de incertezas E nele, milhares naufragaram. Outros, como nós, ficamos a flutuar, À espera de uma mão Divina a nos resgatar.   De repente o mundo parou E, de repente a vida mudou! Um inimigo oculto, escorregadio, Perseguido pela ciência, Em qualquer esquina à nos espreitar, A nos acuar e, em nossas casas a nos aprisionar.   De repente, nossos queridos só ao longe podemos ver.   De repente, braços não mais se abraçam, Mãos não mais se tocam. Rostos sob máscaras nos confundem, Sob máscaras sorrisos se escondem!   De repente a vida mudou! E de

Por onde anda a Colheita do Arroz?

Imagem
  Por Ron Perlim Colheita do Arroz Essa obra foi adquirida na gestão do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva no ano de 2008. Foi usada a técnica Acrílico Sobre Tela, estilo Cubista nestas dimensões: 1,20 x 1,00. Segundo o artista plástico Orlando Santos , o quadro desapareceu meses depois. Acontece que o mandato do ex-prefeito Eraldo Cavalcante Silva foi 1 cassado no mês de março do mesmo ano em que a tela fora adquirida. Obra desapareceu da cidade de Porto Real do Colégio - Alagoas. O único museu que existia estar fechado. O artista quer saber: "Por onde será que anda a minha obra? 1 Por compra de voto e abuso de poder econômico.